Sempre
nos deparamos com o Congá (ou altar) nos centros de umbanda, ou mesmo nas
igrejas, como sendo o principal local dentro do tempo. E são mesmo!
E porque muitos médiuns não dão
a devida importância ao Congá? E o que faz esse local ter grande importância
dentro dos nossos trabalhos mediúnicos?
O que percebo muitas vezes é
que os médiuns não dão o devido valor ao estudo da doutrina e práticas
umbandistas pelos mais variados motivos. Ora, se não temos conhecimentos sobre
algo como saberemos se esse “algo” é importante? Não há como! Estudar é
muito importante e não há como os médiuns acharem que se tornarão
melhores somente com a prática, pois estudar faz parte da evolução do médium e
deve ser levado muito a sério por todos, não importando se estão na Umbanda há
uma semana ou há 50 anos.
Os fundamentos do congá
O Congá é o mais potente
aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador,
expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e
magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do
congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na Umbanda.
Cada vez que um consulente
chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se
naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a
consagração dos Orixás na Terra, na área física do templo.
Vamos descrever as funções do
Congá:
ATRATOR: atrai
os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas
mentais emitidas.
Quanto mais as imagens e
elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o Orixá regente do terreiro,
mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas
forças.
CONDENSADOR:
condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da
emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas etc.
ESCOADOR: se o
consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente do
congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o congá) em
potente influxo, como se fosse um pára-raios.
EXPANSOR:
expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos
dos guias que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num
processo de fluxo e refluxo constante.
TRANSFORMADOR:
funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o
para a terra; alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho
mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não
incorporam.
Todo o trabalho na umbanda gira
em torno do Congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da
hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve ser uma constante dos
zeladores (dirigentes).
Nada adianta um Congá todo
enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver
destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.
Caridade sem disciplina é perda
de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá,
devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos!
Texto e
imagem extraídos do blog: Cantinho de Francisco de Assis - Umbanda espirita
crista
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